quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Está quase a acabar a vida mais ou menos…

Acabou o mês de Agosto e até me dá calafrios só de pensar no que aí vem… Estarei a ser muito dramática. Acho que não. O que se passou até aqui foi mau (não ter férias etc…), mas este mau será o melhor dos próximos meses. Boa! Apesar da roda-viva em que vou andar espero, pelo menos ter um fim-de-semana por mês para visitar mais um sítio novo e fugir da rotina.
Estou com medo do que aí vem porque já passei por isto há pouco tempo e sinceramente ia ficando demente. Andei depressiva, dificílima de aturar (que o diga o D), com os nervos à flor da pele e cheia de vontade de desistir. E agora vou passar por tudo outra vez. Será isto masoquismo? Ou estou a fazer inconscientemente um teste à minha resistência física e mental? Sinto-me como o exemplo das formigas: andar muito atarefada de um lado para o outro, a trabalhar, trabalhar sem se quer questionar o porquê, apenas como forma de sobrevivência na selva que é o mundo de trabalho hoje em dia. Para lá está, um dia ter um trabalho estável blá, blá, blá… E aqui é que se levantam as grandes questões. A que martela mais a minha cabeça é: Valerá a pena? E o mais estranho é que apesar de achar que não, continuo e vou seguir em frente. Realmente a preocupação com o futuro mata por completo o nosso presente.
É mesmo engraçado como no meu caso o ditado: “O peixe morre pela boca” assenta-me que nem uma luva. Sempre disse à boca cheia que não era pessoa de muitos sacrifícios, que seria incapaz de estudar e trabalhar e que nem sequer admirava as pessoas que o faziam (continuo a não admirar, acho uma vida triste demais para ser admirada). Nunca fui de estudar muito, nunca insisti no que dava muito trabalho, nunca dei o meu máximo em nada e agora que dei, que me esforcei e que pela primeira vez na vida tenho noção que dei o meu melhor também não me sinto feliz por isso. Passou, soube bem ter boas notas, mas o sacrifício foi muito maior que a recompensa…
Enfrentei este desafio como nenhum outro na minha vida, sinceramente não percebi o que se passou dentro de mim. Apesar de estar a odiar a minha vida naquele momento e a maior vontade ser de desistir, simplesmente não consegui desistir, não tive coragem para desistir… Não consegui fazer as coisas mais ou menos como em tudo até agora. Não consegui encarar as coisas com calma e com o deixa andar como de costume. Fiquei tão enervada que não conseguia pensar noutra coisa e trabalhei como uma maluca (a chorar em frente ao computador mas trabalhei). Até agora não percebi o que se passou. Eu não sou assim.
E agora vai voltar tudo outra vez até Janeiro. Estou com medo e não me sinto com força para passar por isto tudo de novo. Mas mais uma vez não tenho coragem para desistir. Espero não ficar insuportável, porque nem eu própria me aguento às vezes!

Este fim-de-semana ainda estamos na dúvida se vamos para a praia da Carrapateira ou não. Fazer campismo selvagem claro! Isto de acordar e estar pertinho da praia é do melhor que pode haver. Pelo que vi na Internet aquilo é um sítio maravilhoso, só não sei quais se as condições climatéricas serão as mais favoráveis. Outro dos meus medos é a GNR (sim porque isto de fazer campismo selvagem é fora da lei neste país!). Não sei se ali os senhores Guardas Republicanos são de chatear o pessoal. Deve depender de como bater o vinho nesse dia! Também não sei onde poderemos parar a carrinha e estar a chegar a um sítio de noite sem conhecer o território é complicado. Já pedi à Dal que passasse por lá antes para averiguar as condições (sim porque ainda há gente de férias e com tempo livre!). O esticão até à Carrapateira ainda é longo… Enfim, o único ponto a favor é mesmo a paisagem lindíssima.
Outro sítio que achei interessante é a Lagoa de Melides e que tem a vantagem de ser bastante mais perto de Lisboa. Mas também não conheço e não faço ideia se teremos condições para acampar.
Para algum sítio será….

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